Com a pandemia do coronavírus, o consumidor brasileiro assimilou ainda mais a importância do comércio eletrônico como um excelente canal para suprir suas necessidades sem precisar sair de casa. Os números do e-commerce no Brasil mostram que as compras vão desde produtos de higiene e limpeza, passando por vestuário, até eletrodomésticos e eletrônicos.
Para se ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), entre os dias 23 de março e 31 de maio de 2020, houve o surgimento de 107 mil novas lojas online no País. O que significa quase um novo e-commerce a cada minuto durante este período.
Considerando o crescimento da importância deste canal no último ano, reunimos os números do e-commerce no Brasil de acordo com a 43ª edição do relatório Webshoppers da Ebit/Nielsen.
1. FATURAMENTO
Em 2020, o e-commerce brasileiro bateu a marca histórica de R$ 87,4 bilhões em vendas, chegando a um faturamento de 41% a mais em relação ao ano anterior.
Esse número se deve ao aumento de 30% na quantidade de pedidos em comparação a 2019, totalizando 193,6 milhões de pedidos em 2020.
Outro fator que contribuiu para o crescimento do faturamento foi o aumento do ticket médio. O valor chegou a R$ 451,72, 8% a mais do que em 2019.
2. NOVOS CONSUMIDORES
Um ponto importante levantado pelo relatório da Ebit/Nielsen em relação aos números do e-commerce no Brasil diz respeito a quantidade de consumidores que passaram a comprar mais pelas lojas online – muito em função da pandemia.
Foram 13,16 milhões de novos consumidores, levando a um aumento de 29% em relação a 2019. Com isso, o setor de e-commerce fechou o ano de 2020 com um total de 79,7 milhões de clientes.
3. M-COMMERCE
Faturamento: R$ 45,9 bilhões, 78% a mais do que em 2019
Número de pedidos: 106,6 milhões, 56% a mais do que em 2019
Ticket médio: R$ 431, 14% a mais do que em 2019
4. REGIONALIZAÇÃO
Confira a contribuição de cada região (%) para o faturamento total do e-commerce no Brasil em 2020, de acordo com o relatório da Ebit/Nielsen:
Norte: 4,7%
Centro-Oeste: 6,3%
Sul: 13,1%
Nordeste: 31,7%
Sudeste: 44,1%
5. VALOR DO FRETE
Outro fator importante para os consumidores é o valor do frete. O relatório da Ebit/Nielsen mostra que os consumidores seguem sensíveis ao valor do frete, sendo um ponto importante na decisão de compra.
O relatório aponta que, quanto mais o consumidor paga pelo frete, maiores são as chances de ele fazer uma reclamação sobre qualquer aspecto da compra. Por exemplo, o índice de reclamações entre os clientes que aproveitaram frete grátis foi de 5,9%.
Já entre aqueles que pagaram mais de R$ 199,99 de frete, esse índice subiu para 15,7%.
6. DATAS SAZONAIS
As datas sazonais têm um forte crescimento no online, impulsionado pela pandemia, representando 34% do faturamento do total e-commerce, ou R$ 30,1 bilhões.
O Dia dos Namorados apresentou o maior crescimento dentre as datas sazonais, com 91% de aumento em faturamento, 63% a mais de pedidos e 17% de crescimento no valor do ticket médio (R$ 449).
Já o Natal foi a segunda data com maior variação de ticket médio, chegando a 13% a mais do que em 2019, totalizando R$ 462.
Por sua vez, o Dia das Mães se destacou com crescimento de 64% em pedidos e 2% de aumento no valor do ticket médio, em comparação com 2019 . O Dia das Mães também é a data sazonal com a maior entrada de novos consumidores.
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EXPECTATIVAS PARA 2021
Embora a pandemia tenha afetado a economia global em geral, os números do e-commerce seguiram firmes durante o ano de 2020, como vimos, apresentando recordes históricos.
Sendo assim, a expectativa é que, em 2021, as compras online continuem mostrando um desempenho forte, com um crescimento superior a 32%. É o que prevê um relatório da XP Investimentos.
O relatório ressalta ainda que, diferentemente de outros países, como Estados Unidos e China, onde uma única companhia domina o setor de e-commerce, no Brasil, existe uma forte concorrência interna, com marcas consolidadas.
Junto a isso, parte do crescimento das lojas online está ligado à facilidade das carteiras e bancos digitais. Além de facilitar as transações, essas carteiras ainda oferecem cashbacks, que é um forte atrativo para os consumidores, com recompensas por cada compra realizada.
A pandemia também promoveu a união dos serviços físicos e digitais, o chamado “figital”. O processo de transformação digital do mercado foi acelerado, incluindo o das lojas varejistas. Elas estão se reinventando e já são usadas até mesmo como centros de distribuição de onde saem as entregas para os pedidos realizados virtualmente.
Como podemos ver, o comércio eletrônico está em amplo crescimento. E se você não quer perder a oportunidade de alavancar seu negócio, conte com os especialistas da Mailbiz para ajudar no sucesso do seu e-commerce.